29 abril 2009

Até onde vai o poder do pensamento?

Podemos manipular ou controlar o outro através do poder do pensamento?

Todo mundo sabe alguma coisa sobre o poder do pensamento. Veja os livros (marcadamente os de auto-ajuda) cujo título tem a palavra pensamento como fundamento. Observe as pessoas falarem no dia-a-dia sobre como devem ter pensamento positivo, firmar o pensamento, pensar bem antes de fazer alguma besteira e por aí vai. Dos tempos mais antigos à modernidade essa coisa imaterial, inexorável chamada pensamento vem sendo usada para explicar grande parte do comportamento humano.
Mas o que é o pensamento?
Qual a sua essência?
Quem ou o que o produz?
Ele tem peso, cheiro, forma?
Viaja no espaço?
Carrega alguma informação?
Essas perguntas feitas ou transformadas em afirmações pelos místicos, são os pontos centrais de qualquer discussão sobre o produto do pensar. Freud recuperou idéias difusas de alguns filósofos gregos, que afirmavam haver uma instância da mente que ficava abaixo do nível do pensamento, mas que produziam comportamentos e fenômenos físicos.
Os ocultistas, principalmente os teosofistas do fim do século XIX, atribuíam ao pensamento um imenso poder ao descrever como eram as suas diferentes formas, cores, sons, cheiros, etc. A partir dessa época o Mesmerismo ou Magnetismo Animal (uma técnica proto hipnótica criada por Franz Anton Mesmer) afirmava com resultados impressionantes, que era possível projetar um pensamento, uma vontade, que teria uma efeito positivo ou negativo em outras pessoas.
A hipnose primitiva acreditava que era a vontade (o pensamento forte) do operador que subjugava a mente do hipnotizado e os levava a um estado de submissão mental, onde transferia a sua vontade para a mente do hipnotizador. As inúmeras provas da existência da telepatia pareciam estar vindo em defesa da existência dessa matéria projetável e intercomunicável chamada pensamento.

Poder do pensamento: estudos
No século XX foram feitas (principalmente nos EUA) dezenas de *experiências dentro dos padrões científicos, que mostram ser possível a um sujeito projetar seu pensamento e com ele afetar o conteúdo dos sonhos de outro sujeito sob condições controladas.
De toda essa produção desigual de pensamento sobre o pensamento, há alguns pontos de concordância entre o establishment científico e a ciência alternativa. Quase todos os estudiosos acreditam que o tipo de vida que levamos pode criar padrões correspondentes de pensamentos. Não só o tipo de vida, mas a alimentação, a doença ou a saúde, nossas escolhas sexuais e afetivas, nossa moradia, vizinhança, o grau e a qualidade de nossos estudos e por aí vai.
Mas quase todos concordam também que a influência é uma via de mão dupla: o nosso pensamento natural ou elaborado pode influenciar tudo o que foi citado antes. Um assalto sofrido pode gerar pensamentos pessimistas, derrotistas e amedrontados. Mas um pensamento otimista, alerta e elevado pode não só nos proteger de eventos dramáticos como este, mas também contribuir para minimizar os danos de acidentes e fatalidades.
Os ocultistas consideram que existem dois tipos de pessoas: as que são controladas pelos seus pensamentos (e pelos dos outros), e as pessoas que controlam os seus pensamentos (e os dos outros). As pessoas controladas pelos seus (e os dos outros) pensamentos estão sempre re-agindo, são pacientes ou como se diz na gíria estão sempre “correndo atrás do prejuízo”. As pessoas que controlam os seus pensamentos (o que não quer dizer que são sempre bons pensamentos no sentido humanista do termo) são pró-ativas, provocadoras e agentes.
Uma antiga amiga que fez um curso de controle mental, me revelou que se divertia “comandando” sua irmã incauta “ordenando” mentalmente que virasse a esquerda, quando na verdade ela deveria virar a direita ao volante de seu carro. Existem relatos famosos de pessoas sendo obrigadas a fazer coisas terríveis (como suicídio) ou ridículas (como imitar uma galinha num ponto de ônibus) por operadores altamente treinados em controle e projeção de pensamento.
Alguns estudiosos sérios acreditam que somos dotados de aparatos de recepção e transmissão de energia dos pensamentos e seus conteúdos. Por isso podemos, se estivermos vulneráveis (e tivermos afinidades), captar pensamentos alheios densos o suficiente para ficar vagando no espaço e serem captados pelos nossos receptores. Alguns desses pensamentos alienígenas podem inclusive se passar por nossos e assim criar graves instabilidades no nosso corpo e na nossa vida. O conselho desses especialistas é sempre: chequem os seus pensamentos que lhes pareçam estranhos, inéditos, e que causem alguma perturbação. Eles podem não lhes pertencer. Pergunte sempre: esses pensamentos me interessam? Podem me ajudar ou prejudicar? Eles têm a ver com meus objetivos, com meus planos para a minha vida?
Como diziam os teosofistas ingleses “pensamentos são coisas”. Se você concordar com isso pergunte-se: “que tipo de coisas são os seus pensamentos?”

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